O zoológico de Sorocaba, cidade a 97 quilômetros de São Paulo, comemora o nascimento de dois filhotes raros de araras azuis. Os filhotes – um macho e uma fêmea – nasceram há dois meses num dos ninhos colocados no recinto que fica exposto ao público. As araras azuis, que são encontradas no Pantanal do Mato Grosso e nos estados do Piauí, Tocantins e Maranhão, estão na lista dos animais ameaçados de extinção do Ibama.
De acordo com o médico veterinário do zoo, Rodrigo Teixeira, há dois casais de araras azuis em Sorocaba. Um deles fica em exposição e o outro fica no que se chama de quarentena. Foi exatamente o casal que fica exposto ao público que reproduziu.
– O casal se reproduziu na presença de um público de 7 mil pessoas, comendo pipoca, que visita o zoo todos os domingos – brinca o veterinário.
Ele diz que o nascimento de dois filhotes de araras azuis em cativeiro é um fato raro.
– Para nós é motivo de comemoração, já que um dos objetivos do zoo é preservar espécies em vias de extinção – diz o veterinário.
Para tentar fazer com que os dois novos habitantes do zoo sobrevivam, os veterinários estão fazendo um revezamento entre os filhotes. Um deles fica um pouco compara que cada filhote fique um pouco com os pais e o outro fique no hospital veterinário.
– É comum que de dois ou três filhotes que nascem, apenas um ou dois sobrevivam. Estamos fazendo este manejo para que os dois sobrevivam. Por enquanto, está dando certo, já que ambos estão bem – diz o veterinário.
O nascimento das araras azuis é o primeiro registrado no zoológico de Sorocaba. Os pais estão no zoo há pelo menos dez anos.
A população de araras azuis do país, estimada pelos pesquisadores, está entre 2,5 mil e 5 mil, um número considerado baixíssimo. As aves são vítimas principalmente de traficantes que as vendem no mercado internacional, onde alcançam alto valor.
De acordo com o veterinário, vários ninhos foram colocados na área de exposição. Além disso, as aves recebem alimentação balanceada.
– Além do nosso manejo, a reprodução dessas aves aconteceu também por causa do amor e da paixão com que trabalhamos – diz ele.
Fonte: O Globo