A cidade Sorocaba vai ganhar o segundo laboratório de Germinação de Sementes. A estrutura deve ser montada ainda este ano e é fruto de uma parceria entre o Serviço de Obras Sociais (SOS) e a Secretaria do Meio Ambiente (Sema). Com custo aproximado de R$ 15 mil, a compra dos equipamentos está em processo de licitação; o laboratório ficará nas instalações do SOS ECO. As mudas produzidas serão de vegetação nativa e serão plantadas em áreas de recuperação ambiental na cidade. Este é o Projeto SOS – Educação Ambiental e Cidadania. Como explica o vice-presidente da entidade, Archimedes Alvarenga da Silva, o projeto trabalha educação ambiental e cidadania com os jovens atendidos no Clube do Nais e o Albergue SOS, ambos também em parceria com a administração municipal. Como contrapartida a entidade tem o compromisso de fornecer 5 mil mudas, por mês, para a Sema.
“Nós oferecemos aos jovens uma série de oportunidades e, entre elas, está a de mexer com a terra, aprender a fazer uma muda e a produção de verduras e legumes pelo sistema de hidroponia”, comentou Archimedes falando das atividades do SOS ECO de forma geral. Ele explica que o SOS ECO é um braço do SOS voltado ao atendimento dos jovens em conflito com as leis. No laboratório de geminação de sementes, porém, trabalharão profissionais contratados pela entidade. Para os menores fica a função de cuidar das mudas até o momento delas serem levadas ao presídio “Danilo Pinheiro”, no Mineirão. Lá elas são mantidas por presidiários e, quando atingem o tamanho ideal, são replantadas em áreas de recuperação ambiental.
Plantas nativas
As mudas de vegetação nativa será usada para a recuperação de áreas degradas. Na parceria, a Sema fornece suporte técnico e auxilia com alguns insumos. O gestor de Desenvolvimento Ambiental do município, Maurício Tavares da Mota, explicou que as semente serão coletadas na região. Segundo ele, inicialmente o laboratório trabalhará com cerca de 90 espécies. “A lei (sobre recuperação ambiental) determina que sejam trabalhadas pelo menos 80 espécies nativas, vamos trabalhar com uma margem a mais para segurança”, comenta ele. As áreas degradas ficam, em sua grande maioria, estão ao longo dos chamados corpos d”água, ou seja, em margens de córregos, rios e riachos.
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul