O Ministério Público Estadual concluiu um inquérito de 33 mil páginas e 70 volumes sobre a fraude no Hospital Regional de Sorocaba e no Conjunto Hospitalar de Sorocaba – CHS denunciada em junho deste ano.
O documento foi encaminhado para a 3ª Vara Criminal da cidade de Sorocaba com o depoimento e o relato investigativo de 48 pessoas (entre médicos, funcionários e empresários) acusadas de formação de quadrilha, peculato e outros crimes.
Os promotores e os delegados de polícia que investigam o caso confirmaram a existência de duas modalidades de crime que eram praticadas pela quadrilha: o pagamento por plantões médicos em que os médicos não compareciam ao hospital e as fraudes em licitações.
No total, os prejuízos causados pela fraude aos cofres públicos do Estado de São Paulo chegaram a R$ 20 milhões.
De acordo com o MP, 4.430 plantões médicos deixaram de ser executados, o que representa 65.430 pessoas sem atendimento. Porém, o pagamento foi realizado aos médicos da quadrilha que embolsaram dois milhões de reais sem trabalhar.
No caso das licitações fraudulentas, o MP apurou que as empresas interessadas em prestar serviços ou fornecer material tinham que pagar propina de 20% ao diretor do hospital que já foi afastado do cargo. Também há indícios de superfaturamento, de licitações do tipo “carta marcada” e de notas fiscais frias.
Para garantir o ressarcimento ao erário público, os promotores já pediram o bloqueio dos bens dos envolvidos. As investigações continuam e o MP pretende ouvir mais 40 pessoas.
Fonte VIVAcidade