“É uma nova era para a educação municipal”. A frase da professora Maria Cláudia Veras, da EM “Edemir Antônio Digiampietri”, da Vila Barão, define bem a expectativa do funcionamento das lousas digitais na rede municipal de ensino. Na manhã desta segunda-feira (04), professores da Educação Infantil e Ensino Fundamental iniciaram a capacitação para que passem a utilizar a nova tecnologia em suas respectivas salas de aula.
A Prefeitura da cidade de Sorocaba adquiriu 150 conjuntos (lousa, notebook e projetor), que estão sendo instalados em todas as escolas que contam com Educação Infantil e Ensino Fundamental. Cada escola terá pelo menos uma lousa, sendo que aquelas com maior volume de alunos receberão até três equipamentos.
Ligada na tecnologia moderna, Maria Cláudia, que está há três anos na rede municipal, diz que a lousa, mesmo ainda não estando em funcionamento, já desperta uma grande curiosidade nos alunos de sua escola, e expectativa e um pouco de medo em alguns professores. “A educação tende a melhorar e muito a partir de agora. Para o professor ficou muito mais fácil produzir a aula e, para o aluno, a aprendizagem será bem mais eficaz, pois a tecnologia prende a atenção deles”, diz.
Com a lousa digital, o professor poderá dar uma verdadeira apresentação educacional, gravar toda a aula, e, se o aluno tiver alguma dúvida, enviá-la diretamente da classe para sua caixa de e-mail. É uma tela imensa de um computador, porém, mais inteligente, pois é sensível ao toque. Desta forma, tudo o que se pensar em termos de recursos de um computador, de multimídia, simulação de imagens e navegação na internet, é possível com ela. Ou seja, funciona como um computador, mas com uma tela melhor e maior.
O professor pode preparar apresentações em programas comuns de computador, como Power Point, por exemplo, e complementar com links de sites. Durante a aula é possível, enquanto apresenta o conteúdo programado, navegar na internet com os estudantes.
Pode ainda criar ou utilizar jogos e atividades interativas, contando com a participação dos alunos, que vão até a lousa e escrevem nela por meio de um teclado virtual – como aqueles de páginas de banco na internet – ou por meio de uma caneta especial ou com o dedo, já que a lousa lê ambas as formas.
Medo e resistência
À primeira vista, a lousa digital desperta no professor uma expectativa sem precedentes. A possibilidade da interação, de literalmente viajar durante a aula e manter os alunos atentos, fazem com quem o educador imagine as infinitas formas de uso. Mas, segundo o gerente de projetos e que faz a capacitação dos educadores, Jackson Prado, o equipamento também provoca susto e medo.
Há pouco mais de um ano percorrendo o Brasil para treinamento dos professores, ele conta que as reações de quem tem o primeiro contato com a aula digital são as mais diversas. Muitos se assustam, demonstram certo receio de tocar a tela e outros até resistem ao máximo. “Com o decorrer do treinamento eles vão percebendo a diferença e, aí, o quadro negro e o giz ficam no passado”, conta.
Fonte: Prefeitura de Sorocaba