IPTU Progressivo mira 80 mil lotes em Sorocaba

Caso a implantação do IPTU (Imposto Predial e Territorial Ur bano) Progressivo seja aprovado hoje pelos vereadores, 80 mil lotes sem edificações vão estar na mira da nova lei.  O projeto concede prazo de um ano para os proprietários desses terrenos, sem uso, deem um destino para os imóveis.

Caso isso não ocorra, os donos serão obrigados a pagar um valor maior de IPTU, com o crescimento anual da alíquota até o teto de 15%. Caso a lei não seja cumprida em cinco anos, a Prefeitura de Sorocaba poderá desapropriar a área e dar uma destinação social.

A lei também atinge residências que estão fechadas há muito tempo. De acordo com informações da prefeitura, não há como saber quanto imóveis que estão fechados existem.

Estatuto/A proposta foi apresentada pelo vereador José Caldini Crespo (DEM). Segundo ele, o principal objetivo é combater a especulação imobiliária  na cidade de Sorocaba.





O IPTU Progressivo está previsto no Estatuto da Cidade, que permite ao governo municipal aumentar, progressivamente, o valor da alíquota do tributo de um imóvel caso seu proprietário não lhe dê a utilização conforme o previsto no Plano Diretor. A medida consiste em uma espécie de desincentivo aos proprietários em manter imóveis abandonados, terrenos vazios sem edificação ou glebas sem utilização e parcelamento, de forma a racionalizar e otimizar a ocupação das cidades.

Discussão/A proposta deve gerar muita discussão entre os vereadores. Na semana passada começou o debate que foi interrompido por causa do encerramento da sessão.

Além de combater a especulação imobiliária, Crespo usa outro argumentos para que o projeto seja aprovado. “Com a implantação podemos acabar também com o grande número de terrenos baldios em Sorocaba”, acredita.

A grande preocupação dos vereadores recai sobre a pessoa que não tem condições de fazer a construção. “Como fica o humilde que juntou dinheiro para comprar o terreno e agora precisa juntar de novo para fazer sua casa?”, questiona  Irineu Toledo  (PRB).  Para o projeto ser aprovado são necessários 11 votos.

Fonte: Rede Bom Dia





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