As pessoas que aproveitarem o Carnaval para visitar o Parque Zoológico Municipal “Quinzinho de Barros”, em Sorocaba poderão ver pela primeira vez dois filhotes de arara-de-testa-vermelha (Ara rubrogenys). Os dois exemplares da espécie nasceram no parque em novembro do ano passado, no final da primavera.
Considerados em perigo de extinção, a reprodução desses animais foi muito comemorada pela Secretaria do Meio Ambiente (Sema). “Isso mostra a importância do cativeiro na conservação da espécie e que estamos no caminho certo. São animais raríssimos na natureza”, declarou Jussara de Lima Carvalho, secretária do Meio Ambiente (Sema). Uma das funções de um zoológico é proporcionar a reprodução de animais em cativeiro.
De acordo com o médico veterinário Rodrigo Teixeira, chefe de Seção de Biologia e Veterinária da cidade de Sorocaba da Sema, essas aves sofrem por causa da captura para o comércio ilegal de animais silvestres. “Um pouco mais de trinta dias depois do nascimento eles saíram do ninho e, neste momento, já estão se alimentando sozinhos. O Zoo possui agora oito indivíduos da espécie”, comentou.
Sobre a arara-de-testa-vermelha
Trata-se de uma ave da família dos psitacídeos com distribuição geográfica na Bolívia, onde habita vales semiáridos. Sua população em vida livre varia entre 1 mil e 4 mil indivíduos.
Embora a cor predominante seja verde, as marcações em vermelho e laranja, mais a coloração bege ao redor dos olhos, formam um contraste que a torna uma ave bela.
Alimentam-se de amendoim e milho de campos cultivados, como também de várias espécies de cactos e outras frutas selvagens.
Normalmente andam em pares ou bandos pequenos de até 30 pássaros fora da época reprodutiva. Embora vivam em bandos, essas aves são monogâmicas. Acredita-se que possa viver em cativeiro, com os devidos cuidados entre 40 e 50 anos e que consiga reproduzir até os 40 anos ou mais.
Machos e fêmeas são idênticos, mas em média, as fêmeas são menores. O ideal para se ter certeza do sexo do animal é o exame de DNA. Alcançam a maturidade sexual com três anos.
A fêmea realiza postura de dois a três ovos normalmente, podendo fazer até duas posturas por ano. Na natureza, fazem seus ninhos principalmente em fendas de precipícios e normalmente com um rio abaixo. Troncos de árvores ocas e caixas de madeira são os mais utilizados em cativeiro, sendo que os horizontais são os preferidos.
Fonte: Prefeitura Municipal de Sorocaba