Em 11 anos, gravidez entre adolescentes cai 36,7% na cidade de Sorocaba

O número de adolescentes entre 10 e 19 anos grávidas caiu 36,7% em 11 anos na cidade de Sorocaba. É o que aponta o mais recente balanço da Secretaria de Estado da Saúde produzido com base nos dados da Fundação Seade.

Em 1998, foram 8.958 casos de gravidez na adolescência nas 48 cidades do Departamento Regional de Saúde 16 (DRS 16). Em 2009, último dado consolidado, esse número caiu para 5.666 ocorrências.

Segundo os números da Secretaria da Saúde, desde 2000, a queda vem sendo constante, quando houve 8.787 adolescentes grávidas. Já em 2001 houve 7.879. Em 2002, 55.503. Em 2002 foram 7.665, em 2003, 6.955, em 2004, 6.713 e, em 2005, 6.699. Em 2006 o número foi de 6.518 casos. Em 2007, 6.143 e, em 2008, 5.878 adolescentes ficaram grávidas.

Em todo o Estado, a queda registrada no mesmo período foi de 37%. Em 2009 houve 92.812 mil jovens grávidas, contra 148.018 mil em 1998. Albertina Duarte, coordenadora do Programa Saúde do Adolescente da Secretaria de Estado da Saúde, afirma que a redução é resultado de uma ação integrada da pasta. “A capacitação de aproximadamente 10.000 profissionais de saúde foi fundamental para alcançarmos esses números. Além disso, há distribuição de preservativos e contraceptivos em unidades de todo o Estado”.

Uma redução importante, de 37,8%, foi notada na faixa etária de 15 a 19 anos. Em 1998, foram 143.490 adolescentes nessa faixa etária grávidas no Estado. Em 2009 esse número caiu para 89.176 jovens.  Na faixa etária de 10 a 14 anos, o indicador apresentou queda de 19,7%, com 4.528 casos de gravidez em 1998 e 3.636 em 2009.

Desde 1996 a Secretaria adotou um modelo de atendimento integral à adolescente, que contempla o aspecto físico, psicológico e social, e que começou a mostrar resultados dois anos depois – por isso a Secretaria usa 1998 como base de comparação.





Além de informação e orientação, o trabalho busca identificar as emoções, medos e dúvidas dos adolescentes sobre afetividade, relacionamentos e sexo seguro. Rotineiramente a Secretaria investe em capacitação, organizando palestras e cursos a profissionais médicos que cuidam de adolescentes por todo o Estado.

A Casa do Adolescente de Pinheiros, na capital, serviu como espécie de laboratório da nova política de saúde para jovens, oferecendo atendimento multidisciplinar, com médicos, dentistas, fonoaudiólogos, assistentes sociais, enfermeiros, psicólogos e professores. Há oficinas, bate-papos e terapias em grupo para que os jovens exponham seus sentimentos, recebendo orientação especializada. Também são realizados cursos de inglês e espanhol, aulas de dança, cursos de culinária e artesanato, dentre outras atividades.

O sucesso do trabalho levou o Estado ampliar o projeto da Casa do Adolescente, em parceria com os municípios e a Secretaria de Estado da Assistência e Desenvolvimento Social. Hoje são 25 unidades na capital, Grande São Paulo e litoral do Estado. Uma delas, inclusive, instalada em Heliópolis, maior favela da cidade de São Paulo.

Para auxiliar na prevenção à gravidez indesejada, a Secretaria decidiu ampliar o acesso das mulheres, inclusive adolescentes, a métodos anticoncepcionais. Desde julho de 2007 estão disponíveis contraceptivos comuns e pílulas do dia seguinte em 20 unidades da Farmácia Dose Certa, na capital, situadas em estações de metrô, trem e centros de saúde.

Para o interior, litoral e Grande São Paulo a Secretaria também passou a enviar anticoncepcionais, pílulas do dia seguinte e DIUs, para distribuição em Unidades Básicas de Saúde, em complemento ao repasse do governo federal.

Fonte: Agência Bom Dia





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