A greve dos motoristas das empresas de distribuição de combustíveis, iniciada por conta da restrição de caminhões na Marginal Tietê, na capital, não deve afetar a entrega em Sorocaba, no interior de São Paulo. De acordo com o presidente do Sincopetro (Sindicato do Comércio Varejista de Derivados de Petróleo do Estado de São Paulo), Jorge Marques, a maior parte do abastecimento, nos postos da cidade vêm das cidades de Paulínia, também interior paulista e Barueri, na grande São Paulo.
“ Os motoristas podem ficar tranquilos, Sorocaba e região não devem sofrer com a falta de combustíveis, o pouco de combustível que vem de Guarulhos e do ABC, não deve trazer problema algum.” Conclui Jorge.
O Sindicato Nacional das Empresas Distribuidoras de Combustíveis e Lubrificantes (Sindicom) pediu na noite desta segunda-feira (5) ajuda à Polícia Militar para garantir que os motoristas que não aderiram à paralisação do setor possam trabalhar na manhã desta terça (6). Segundo o Sindicato dos Transportadores Rodoviários de Cargas Líquidas, nenhum caminhão de combustível circulou pela cidade de São Paulo, nesta segunda-feira (05). Já o Sindicato das Empresas Distribuidoras disse ao Bom Dia São Paulo que 80% dos postos da capital não foram abastecidos. Nenhum caminhão saiu das três principais distribuidoras da cidade nesta segunda.
Os motoristas alegam que a restrição na Marginal Tietê, das 5h às 9h e das 17h às 22h, aumenta os custos do trabalho, pois as viagens ficam mais longas. Além disso, o número de viagens que podem ser feitas por dia é reduzido, devido aos horários proibidos. Como sexta, sábado e domingo são os dias de maior movimento, os estoques dos postos, em geral, estão baixos. Com isso, muitos postos da capital já estavam sem combustível na noite de segunda e outros devem começar a ser afetados nesta terça.
Segundo o Sincopetro, outros setores podem começar a ser afetados, como hospitais, transportadoras e empresas de ônibus.
Comunicado divulgado na noite desta segunda pela Secretaria Municipal de Transportes afirma que a CET, após realizar reuniões com representantes das indústrias, sindicatos e empresas de transporte, decidiu manter o horário das restrições. “O período de oito horas, das 9h às 17h, quando o tráfego está liberado nas vias, representa uma jornada de trabalho do caminhoneiro e, com isso, ele poderá fazer a entrega dos produtos pela cidade durante o dia e retornar ao seu destino. No período da noite e madrugada, os motoristas de caminhões terão sete horas para transitarem”, diz a nota.
Fonte: G1