Um motorista publicou na internet na madrugada desta segunda-feira (12) um vídeo no qual o condutor de um veículo supostamente tenta atropelar um casal que cruzava a faixa de pedestres no cruzamento da rua professor Toledo com a avenida Afonso Vergueiro, na região central da cidade de Sorocaba, interior de São Paulo. Apesar do susto, os pedestres saíram ilesos.
O microempresário de 24 anos conta que filmou o ocorrido por acaso, com uma câmera fixa que está instalada no painel de seu carro. “Instalei porque tenho um carro novo e a câmera é uma segurança caso alguém bata em meu veículo e se recuse a pagar, por exemplo. Não achei que flagraria algo do tipo”, conta o rapaz, que falou com o site G1 por telefone, mas pediu anonimato. “Pelo que vi ele fazer, acho que deve ser algum louco. Não quero me envolver com alguém assim”.
O flagrante foi feito às 0h05, segundo registrou a câmera. O motorista do carro prata está parado diante do semáforo vermelho e, quando ele muda para o verde, o condutor acelera, aparentemente com direção às vítimas. A mulher que atravessava a faixa chega a pular para não ser atingida.
Após a suposta tentativa de atropelamento o microempresário, que até então estava distraído, acelerou para se aproximar do motorista e conseguir anotar as placas do Peugeot prata. Justamente por não querer se envolver, o motorista que fez o flagrante ainda não sabe se entregará o vídeo à polícia.
Autonomia para investigar
Delegado assistente da Delegacia de Investigações Gerais de Sorocaba, Acácio Leite afirma que uma vez que o vídeo é postado na internet e torna-se de domínio público, as autoridades podem investigar o suposto delito caso achem necessário. “Independe de representação formal e mesmo que a pessoa que filmou não queria se identificar, a polícia tem autonomia para investigar.”
Segundo o delegado, o primeiro passo seria periciar o vídeo para confirmar a identificação das placas. “O delito, caso confirmado, pode ir de uma direção perigosa a tentativa de homicídio”, afirma. “Nada impede, no entanto, que num julgamento a defesa do motorista tente contestar o flagrante, alegando que as imagens foram feitas de forma não autorizada.”
Fonte: G1