A cidade de Sorocaba está entre os municípios prioritários para receber um incentivo financeiro do Ministério da Saúde se apresentar um plano de contingência com detalhamento das ações a serem desenvolvidas no combate à dengue. Entre essas ações, o gestor local, na vigilância e assistência, deve notificar os casos suspeitos de dengue grave e os óbitos, além de ter uma rede de atenção primária com capacidade para atender na sua área de abrangência. O recurso – no valor de R$ 220.916,57 – corresponde a 20% a mais da verba anual do Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde (Sorocaba recebe R$ 1.104.582,84).
A verba de incentivo faz parte de um conjunto de ações estratégicas para enfrentamento da dengue no próximo verão, divulgado pelo Ministério da Saúde no dia 11 de outubro. Além do recurso financeiro, que será destinado a 989 municípios para qualificação das ações de prevenção e controle da doença, será feito um monitoramento da situação epidemiológica pelas redes sociais. As novidades deste ano também contam com a ampliação da realização do Levantamento Rápido de Infestação por Aedes aegypti (LIRAa), que atingirá 556 municípios, e a revisão e atualização do protocolo de manejo clínico para atendimento de crianças e adultos com a doença.
O monitoramento da situação epidemiológica pelas redes sociais irá funcionar como um sistema de vigilância complementar, possibilitando a análise, em tempo real, de informações sobre a dengue por região geográfica e municípios com população acima de 100 mil habitantes. Os alertas serão acompanhados pelo sistema de vigilância em saúde, para verificar possíveis regiões que apresentem indicativo de aumento de casos da doença. O monitoramento começa a ser feito a partir de novembro.
A diretora de Vigilância em Saúde de Sorocaba, Consuelo Matiello, confirma que a cidade irá pleitear os 20% a mais da verba anual do Piso Fixo de Vigilância e Promoção da Saúde. Sobre o fato de Sorocaba estar entre os municípios prioritários para receber a verba, ela esclarece que desde que se tornou infectada e autóctone (quando a transmissão ocorre aqui e não é preciso ir para fora), a cidade passou a estar entre as que são prioridade. “O que achei interessante é que agora o Ministério da Saúde vai premiar quem trabalha mais, independente do número de casos da doença. Como Sorocaba não tem um grande número de casos, comparando com outras cidades, talvez não conseguisse o recurso se o critério fosse outro”, comemora.
Consuelo lembra que aqui no município são desenvolvidas diversas ações de combate à doença, como o “arrastão” que percorre as casas para retirada de criadouros do mosquito transmissor, campanhas de orientação e trabalhos educativos, entre outros. “Ainda estamos definindo quais serão as ações do próximo verão e em breve iremos divulgar”, diz.
Fonte: Jornal Cruzeiro do Sul