O ex-diretor do Conjunto Hospitalar da cidade de Sorocaba, Sidnei Abdala, foi indiciado por formação de quadrilha, favorecimento de empresas em licitações e prorrogações ilegais de contratos nesta quarta-feira (5). Abdala chegou à delegacia antissequestro na cidade do interior paulista acompanhado por três advogados. Ele foi intimado para prestar o último depoimento antes da conclusão do inquérito, mas diante dos policiais e promotores, ficou calado. Duas horas depois, Abdala deixou a delegacia.
“Não vou comentar nada. Só saio muito feliz porque pude contribuir, esclarecer as coisas e fui até elogiado pela minha conduta mesmo com o indiciamento. Isso faz parte”, disse Abdala.
As investigações apontaram que as fraudes em licitações para a contratação de empresas que prestam serviços ao conjunto hospitalar eram feitas durante o período em que Abdala esteve à frente da instituição. Para a polícia, a participação dele no esquema foi comprovada.
Em junho deste ano, 12 pessoas foram presas suspeitas de participação nos crimes. Elas foram liberadas uma semana depois, mas continuam sendo investigadas. Até agora, cerca de 40 suspeitos já foram indiciados por vários crimes.
Outro suspeito de participação no esquema foi ouvido nesta quarta-feira em São Paulo.O ex-Secretário Estadual de Esportes, Jorge Pagura prestou depoimento na sede do Ministério Público. Ele é suspeito de ter recebido pagamento por plantões que não realizava no Conjunto Hospitalar de Sorocaba. Pagura vai responder pelos crimes de formação de quadrilha e falsificação de documentos. Nos próximos dias o inquérito que apura o caso deve ser concluído.
Além de Jorge Pagura e Sidnei Abdalla, mais duas pessoas foram ouvidas na sede da delegacia antissequestro. Elas não foram indiciadas. O inquérito ser concluído ainda este mês.
Fonte: G1