Doze pessoas foram detidas e pelo menos 70 médicos são investigados num esquema de fraudes em 13 hospitais públicos de São Paulo. Segundo a polícia e o Ministério Público, médicos chegavam a ganhar até R$ 15 mil por mês sem trabalhar em hospitais da capital paulista e Sorocaba. Ao menos R$ 2 milhões foram desviados e cerca de 300 mil pessoas foram prejudicadas pelo esquema, pois deixaram de receber atendimento médico.
Entre os 12 presos está o diretor do Hospital Regional de Sorocaba, Heitor Consani. Segundo a polícia, cerca de 40 pessoas devem ser indiciadas.
Onze hospitais de São Paulo e dois de Sorocaba foram investigados.
De acordo com as investigações, os médicos conseguiam receber por plantões feitos em dois hospitais ao mesmo tempo. No Hospital Leonor Mendes de Barros, em Sorocaba, o andar da administração foi interditado nesta quinta-feira para que dados de computadores fossem recolhidos.
Na capital paulista, estão sendo investigados o Hospital do Tatuapé, na Zona Leste, o Vila Nova Cachoeirinha, na Zona Norte.
A fraude consistia em alterações nas escalas de plantão, sem que o profissional de fato trabalhasse. Além de médicos, estão envolvidos enfermeiros e dentistas.
Segundo a polícia, o esquema funcionava pelo menos desde 2008.
Fonte: O Globo