Com a chegada do fim do ano e a mudança na rotina de todos, caem os números das doações de sangue. Mas a demanda dos hospitais não diminui. As bolsas são usadas não só para emergências, muitos pacientes dependem delas para tratamentos a longo prazo.
O Gpaci, por exemplo, é abastecido pelo hemonúcleo de Sorocaba (SP). A unidade disponibiliza não só a coleta convencional, mas também a seletiva, chamada de aférese. Nesse procedimento, a tecnologia permite que os componentes do sangue sejam colhidos separadamente.
O sangue é composto por três produtos: as hemácias, as plaquetas e o plasma sanguíneo. Na doação de sangue normal, esses hemocomponentes são separados em laboratório. Por aférese, uma máquina específica consegue retirar do corpo do doador somente o componente desejado.
Uma bolsa de plaquetas colhida por aférese corresponde a sete bolsas colhidas pelo sangue total. Isso que dizer que o paciente que recebe esse tipo de transfusão corre menos risco de sofrer reações.
Por exemplo, um paciente de 70 kg precisa de apenas uma bolsa de concentrado de plaquetas, colhidas por aférese. Ele recebe de um doador e os riscos de reação são baixos. No método convencional, o mesmo paciente necessita de sete bolsas, se a coleta for pelo sangue total. Assim, ele recebe produtos de sete doares diferentes e os riscos de rejeição aumentam.
Quem passa pelo hemonúcleo também pode se cadastrar no Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea (Redome). Neste caso, se o doador for compatível com um paciente que precise de transplante ele é acionado e pode ajudar a salvar uma vida.
O hemonúcleo de Sorocaba atende a todos os hospitais da cidade e também da região. Precisa de, no mínimo, 2 mil doações por mês.
Em Sorocaba, o hemonúcelo funciona de segunda a sexta-feira das 7h30 às12h30 e fica na avenida Comendador Pereira Inácio, 564. O hemonúcleo da cidade de Jundiaí funciona no mesmo horário. O endereço é rua Quinze de Novembro, 1848, no Centro.
Fonte: G1