Os ataques a ônibus registrados em Sorocaba (SP) mudaram a rotina dos motoristas na cidade. O diretor do sindicato da categoria, Marcílio de Jesus Garcia, conta que administrar o tempo da viagem para permanecer por menos tempo no ponto final e ficar atento a qualquer atitude suspeita são algumas das recomendações passadas aos condutores.
Na última segunda-feira (26), em uma reunião entre a Polícia Militar, o Sindicato dos Motoristas, empresas de ônibus e a Urbes (empresa que administra o trânsito de Sorocaba), ficaram acertados os pontos em que o patrulhamento da PM deve ser intensificado. “A medida tem surtido resultados positivos, já que a PM e a Guarda Municipal têm se empenhado muito para dar segurança, tanto aos passageiros quanto aos motoristas”, comenta Marcílio.
Um sistema de monitoramento por câmeras deve ajudar a evitar ataques futuros. “Assim que o motorista tiver alguma suspeita de ataque, ele deve acionar um botão, e instantaneamente o monitoramento vê o que está acontecendo e aonde está o veículo”, conta o diretor.
Os ataques
Na noite da última quarta-feira (28), um ônibus foi queimado e totalmente destruído após um ataque de criminosos no bairro São Lucas, em Votorantim (SP). O ataque ocorreu na rua Manoel Vicente, no horário de encerramento da linha Itapeva-Centro, por volta das 23h. As informações foram confirmadas pelo Corpo de Bombeiros e pela Polícia Militar.
o todo, foram quatro ataques registrados na região – três deles só na cidade de Sorocaba (SP). O primeiro foi registrado na última sexta-feira (23). Cinco criminosos atacaram um ônibus que atendia a linha do bairro Vitória Régia. O veículo estava parado no ponto final, na rua Vitor Cardoso. Os criminosos jogaram combustível no ônibus e atearam fogo. O incêndio se restringiu a oito poltronas, localizadas no meio e no fundo do veículo.
O maior ataque registrado aconteceu na segunda-feira (26) . Seis ônibus foram incendiados dentro da garagem da TCS (Transportes Coletivos Sorocaba), na Avenida Ipanema, zona norte da cidade. Dos seis veículos, quatro foram totalmente queimados. Outros dois tiveram estragos parciais. Os ônibus faziam parte da frota de uma empresa falida, cujo patrimônio, em leilão, pode ajudar no pagamento de cerca de mil funcionários que estão com as verbas recisórias paradas.
De acordo com o advogado da TCS, Sadi Montenegro Duarte Neto, o prejuízo total é de R$ 60 mil, e só não foi maior devido a alguns veículos estarem sem motor e serem considerados sucata.
Fonte: G1